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Paulo Afonso,10/12/2024

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A Tentativa de Golpe e os planos para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes

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A Tentativa de Golpe e os planos para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes Foto: Divulgação

Por José Ivandro*

A recente prisão de militares envolvidos no planejamento de assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes escancara uma faceta sombria da política brasileira. O plano, revelado pela Polícia Federal, envolvia execuções com o uso de veneno ou explosivos, marcadas para 15 de dezembro de 2022, poucos dias antes da posse presidencial. Esses atos, segundo as investigações, foram discutidos na casa do general Braga Netto, com provável ciência do então presidente Jair Bolsonaro.


O que torna essa trama ainda mais escandalosa é a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e um dos principais articuladores da extrema direita. Em defesa dos militares presos, Eduardo afirmou que "pensar em matar alguém não é crime". A fala, irresponsável, tenta minimizar a gravidade de um esquema que, conforme apontam as investigações, não se limitou ao campo das ideias. Pelo contrário, envolveu etapas claras de planejamento, com discussões sobre métodos de execução e escolha de alvos.


Essa articulação, ainda sob investigação, revela um esforço coordenado para destruir a democracia brasileira. O objetivo era impedir a posse de Lula e Alckmin, desestabilizar as instituições e consolidar um regime autoritário com Bolsonaro no poder. A conexão com figuras-chave do governo Bolsonaro, como Braga Netto, General Heleno e outros aliados próximos, coloca em xeque a narrativa de que a tentativa de golpe do "08 de janeiro", seria obra isolada de radicais. Pelo contrário, as evidências sugerem a participação de setores estruturados do governo anterior.


O impacto desse escândalo vai além do cenário jurídico. Ele revela a fragilidade das instituições em momentos críticos e a necessidade de vigilância contínua para proteger a democracia. A postura de Eduardo Bolsonaro, ao defender os militares envolvidos, não apenas afronta o bom senso, no mínimo lança suspeitas sobre sua própria participação no caso, já que o pai dele seria o principal beneficiário do Golpe. Como um dos principais porta-vozes da extrema direita, Eduardo desempenhou um papel central na mobilização de apoiadores que não aceitaram o resultado das urnas.


Com o avanço das investigações, a justiça precisa atuar de forma firme e imparcial, responsabilizando todos os envolvidos, independentemente de sua posição ou influência política. A tentativa de golpe de 2022 é um lembrete sombrio de que a democracia, ainda é frágil e precisa ser constantemente defendida de ameaças internas e externas.


Esse episódio nos mostra que o povo brasileiro, precisa estar atento, é preciso defender a democracia, defender o nosso direito de escolha, defender os valores e princípios que desejamos preservar como sociedade? A resposta a essa pergunta deve guiar nossos passos para garantir que conspirações golpistas sejam relegadas ao passado e que a política volte a ser um espaço de diálogo, respeito e compromisso com o bem comum.

José Ivandro, é articulista politico do Portal Tribuna do Povo.





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