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Paulo Afonso,26/08/2025

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Mel da Bahia: tradição da agricultura familiar que movimenta comunidades rurais

ASCOM/CAR BAHIA
Mel da Bahia: tradição da agricultura familiar que movimenta comunidades rurais Fotos: André Frutuôso/ASCOM CAR

Do Velho Chico à Chapada Diamantina, passando pelo Sertão e pelo Litoral Norte, o mel da agricultura familiar da Bahia vem se destacando cada vez mais pela qualidade, diversidade e sustentabilidade. Produzido por centenas de famílias apoiadas pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o produto gera renda, preserva tradições e fortalece comunidades rurais em todo o estado.


A CAR está investindo na construção e requalificação de mais de 40 agroindústrias e unidades de beneficiamento de produtos da abelha. Atualmente, já são 59 produtos com selo de inspeção municipal (SIM), garantindo a qualidade e a segurança do mel que chega à mesa dos consumidores.

Além da infraestrutura, a CAR acompanha todo o sistema produtivo da base, com os apicultores, até a comercialização, para consolidar o mel da agricultura familiar como referência de qualidade no mercado.


Mel Velho Chico

O mel da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), conhecido como Mel Velho Chico, é exemplo de tradição e pureza. Produzido a partir de floradas típicas da Caatinga, como jurema-preta, marmeleiro, aroeira, umbuzeiro e juazeiro, o mel se destaca pelo sabor marcante e aroma intenso.  Além de ser 100% natural, sem aditivos ou conservantes, é rico em antioxidantes e nutrientes, com propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.

Para Lidiane Oliveira, assistente social e diretora da cooperativa, o diferencial está na harmonia entre apicultores e natureza. "Esse mel carrega a biodiversidade única da Caatinga e o cuidado dos produtores locais. É alimento, é saúde e é também geração de renda para nossas comunidades."


Mel monoflorais 

Na região de Ribeira do Pombal, a Cooperativa dos Apicultores da Agricultura Familiar (Cooparp) investe em pesquisas para classificação de méis monoflorais, como os de juazeiro, quipé e catinga de cheiro. “Nosso mel varia do claro ao escuro, de acordo com a safra. É silvestre, orgânico e 100% natural. Queremos mostrar que, além da tradição, temos grande potencial científico e de mercado”, destaca Wilton Júnior, presidente da cooperativa.


Mel orgânico

Desde 2005, a Associação de Apicultura do Vale do Capão mantém o selo de mel orgânico certificado, colhido em apiários situados a mais de 3 km de riscos de contaminação. Pedro Constam, representante da associação, explica: "Aqui o mel é sempre silvestre, resultado da diversidade da Chapada Diamantina. O mel da florada da Candeia, por exemplo, é muito claro, denso e com sabor puro de flor. É um produto diferenciado, que reflete a riqueza natural da nossa região."


Mel das estações 

Na Cooperativa de Apicultores de Tucano (Cooapit), a produção acompanha o ritmo das estações e da flora local. “No inverno, temos méis mais claros e suaves, vindos da florada da batônica, ervanço e barrigudinha. Já na época das trovoadas surgem méis mais intensos, da catinga de cheiro, candeia e alecrim. Cada safra traz um sabor único”, relata Franciélio Macedo, presidente da cooperativa.


Mais que mel: desenvolvimento e dignidade

Com investimento contínuo em infraestrutura, assistência técnica e comercialização, a Bahia se consolida como referência nacional na produção de mel da agricultura familiar, oferecendo ao consumidor um produto natural, de qualidade e carregado de histórias que valorizam o trabalho no campo.


Ascom/CAR




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